terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Alguns filmes desses últimos dias



Wall Street - Poder e Cobiça
Wall Street (EUA/1987)

Direção: Oliver Stone
Roteiro: Oliver Stone, Stanley Weiser
Elenco: Michael Douglas (Gordon Gekko), Charlie Sheen (Bud Fox), Martin Sheen (Carl Fox), Daryl Hannah (Darien Taylor), Oliver Stone (Corretor), John C. McGinley (Marvin)

Um filme muito bom, que destrincha os meios pelos quais os grandes tubarões de Wall Street conduzem seus negócios. Oliver Stone mas uma vez expõe algumas feridas de seu país, como é tradicional de seu trabalho, como exemplo a crítica a imprensa em "Nutural Born Killers". Com diálogos inspirados, ótima trilha sonora e boas atuações de Douglas (lhe rendeu o Oscar em 1987) e da dupla Sheen, Wall Steet é um trabalho típico de Oliver Stone, que sendo assim, vale a pena ser visto.
Torço muito para que Stone desista de fugir ao seu estilo como tentou no desastroso "Alexandre".




Um Corpo que Cai
(Vertigo, 1958)

Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Pierre Boileau, Thomas Narcejac, Alec Coppel, Samuel A. Taylor
Elenco: James Stewart, Kim Novak, Barbara Bel Geddes, Tom Helmore, Henry Jones, Raymond Bailey, Ellen Corby, Lee Patrick, Konstantin Shayne

"Vertigo" é um dos filmes de que mais gosto e sem dúvida, pelo menos dos quais eu conheço, um dos melhores trabalhos de Alfred Hitchcock. A bela trama se desenrola em São Francisco, onde um detetive, que se aposentou devido a acrofobia, chamado John 'Scottie' Ferguson (James Stewart) é contrato por seu amigo Gavin Elster (Tom Helmore). Scottie deve vigiar a mulher do antigo amigo, Madeleine (Kim Novak), que possui tendências suicidas e não se lembra de seus atos.
Entretanto, apesar de no início o filme parecer prevísivel, a situação torna-se muito mais complexa do que a primeira vista, envolvendo Scottie sutilmente, de tal forma a afetar fortemente o restante de sua vida.
Com boas atuações do sempre competente James Stewart e de Kim Novak, uma ótima trama ,uma bela fotografia e momentos de grande tensão, "Vertigo" é um filme excelente.
Clássico!



Flores Partidas
(Broken Flowers, 2005)

Direção: Jim Jarmusch
Roteiro: Jim Jarmusch, Bill Raden
Elenco: Bill Murray, Sharon Stone, Julie Delpy, Tilda Swinton, Jeffrey Wright, Jessica Lange

"Flores Partidas" conta a história de um solteirão de meia idade metido a Don Juan envolto em sua solidão. Inicialmente, ele é abandonado pela sua atual namorada e recebe uma carta sem assinatura, que parece ser de uma antiga parceira, dizendo que ele tem um filho de 19 anos. Incentivado, na realidade quase obrigado pelo seu vizinho Winston (Jeffrey Wright) a procurar seu filho, Don -o nome já é uma piada- Johnston (Bill Murray) viaja pelos EUA visitando antigas namoradas.
Don é um figura frio e de poucas palavras, como já está ficando característico dos personagens interpretados pelo ex-ghostbuster Bill Murray. Com gestos sutis e falando muito pouco, o talentoso Murray (pelo menos para este tipo de papel) consegue exprimir muito. O filme é todo ele muito sutil, rodeado de ironia, que muitas vezes soa engraçada e totalmente avesso a clichês. Com simplicidade o diretor Jim Jarmusch foge ao comum e como em "Encontros e Desencontros" (Dir.Sofia Coppola) tem peito para contar sua história e dar um chega pra lá no telespectador quando lhe convém.




Número 23
(Number 23, 2007)

Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Fernley Phillips
Elenco: Jim Carrey, Virginia Madsen, Logan Lerman, Danny Huston, Rhona Mitra, Lynn Collins, Michelle Arthur, Mark Pellegrino, Paul Butcher

Se "Broken Flowers" tem como ponto forte procurar ser avesso a clichês, "Number 23" encontra neles seu declínio. A história parece promissora: o personagem de Jim Carrey fica obcecado por um livro que parece retratar toda a sua vida, revelhando-lhe que ela está ligada fortemente ao número 23. Durante o filme fala-se de algumas curiosidades com relação ao número 23, algumas são interessantes, mas boa parte é absurda, parecendo que 23 foi escolhido ao acaso. Entretando, relevando esta parte, o filme caminha. Porém em determinado momento joga milhares de informações numa trama confusa que para alguns pode tornar-se entediante. Obviamente, ele tem alguns pontos altos, mas não faz aquela ambientação característica do bom suspense para um grande final, talvez porque o final seja decepcionante, certinho, hollywoodiano.
Quando vi nos créditos o nome de Joel Shumacher já fiquei meio assustado. "Number 23" , entretando não é um lixo total, como eu já disse, tem algumas boas cenas, e, se visto com o espiríto bem aberto, pode-se tornar um passatempo.
Ah se tivesses entregado um filme desses na mão de um Iñárritu.



Em Busca do Ouro
(Gold Rush, The, 1925)

Direção: Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin, Henry Bergman, Mack Swain, Tom Murray, Malcolm Waite, Georgia Hale, Kay Deslys

Eu era virgem do cinema de Charles Chaplin. Não sei o porque nunca havia assistido nenhuma de suas obras na íntegra, entretando "Em Busca do Ouro" foi o responsável para que eu deixasse de cometer tamanho pecado. O filme se passe durante a corrida do ouro de 1898, onde nosso vagabundo (Charles Chaplin) tenta a sorte no Alasca. Porém, ele se mete em muitas confusões com o ilário Big Jim e acaba se apaixonando, rendendo cenas belissímas como a clássica dança dos pãezinhos. Uma história simples de amor e amizade, que em toda a sua simplicidade consegue tornar-se sutilmente profunda, abriu-me as portas para o trabalho deste monstro do cinema que foi Charles Chaplin.



O Grande Ditador
(The Great Dictator, 1940)

Direção: Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, Jack Oakie, Reginald Gardiner, Henry Daniell, Carter De Haven, Grace Hayle, Maurice Moscovitch, Billy Gilbert, Emma Dunn

Simplesmente fantástico!
Aqui vai a sinopse:
"Em meio a Segunda Grande Guerra Mundial, judeus estavam sendo esmagados pelo preconceito alemão. Chaplin, genialmente, interpreta os dois protagonistas da história: o ditador Adenoid Hynkel (em clara referência a Hitler) e o barbeiro Judeu. Irônico e atrevido, este filme lhe causou sua expulsão dos Estados Unidos, mas criou também uma obra-prima única com uma das melhores mensagens anti-guerra já transmitidas ao homem."

Tirando cenas imortais como o ditador brincando com o globo terrestre, a fuga de avião na qual o barbeiro judeu fica "imune à lei da gravidade", os ilários discursos de Hynkel, entre tantas outras; em seu primeiro filme completamente falado, vale ressaltar a postura deste grande artista, que em meio a guerra, fez uma irônica, corajosa e inteligente sática ao nazismo e a Adolf Hitler, passando com este filme, não só uma mensagem anti-guerra como diz a sinopse, mas uma mensagem de prosperidade à humanidade, combatendo a ganância e defendendo a vitória da razão, da inteligência humana, sobre a violência e o militarismo.



Disque M para Matar
(Dial M for Murder, 1954)

Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Frederick Knott
Elenco: Ray Milland, Grace Kelly, Robert Cummings, John Williams,Anthony Dawson, Leo Britt, Patrick Allen, George Leigh, George Alderson, Robin Hughes, Sanders Clark, Jack Cunningham, Robert Dobson, Guy Doleman, Bess Flowers

Mais um filmaço do grande Hitchcock! Desta vez a trama é bem pé no chão, um marido traído tenta matar sua esposa planejando um crime, aparentemente perfeito, que acabará por desafiar a sagacidade da polícia e do telespectador. Não vale a pena contar mais sobre história, é melhor assitir.
É fantástico que o filme, quase em sua totalidade, se passe em um apartamento e não fique nem um pouco cansativo, "Dial M for Murder" é muito bem filmado. A introdução inicial também é muito boa, rápida e auto explicativa, contranstando as cores da roupa de Grece Kelly na presença do marido (branco) e do amante (vermelho). Outra qualidade do filme está no elenco, além da bela Grece Kelly, Ray Milland dá simplesmente um show como o elegante e charmoso assassino Tony Wendice.




Duro de Matar 4.0
(Live Free Or Die Hard,2007)

Direção: Len Wiseman
Roteiro: Mark Bomback, Doug Richardson
Elenco: Bruce Willis, Justin Long, Timothy Olyphant, Maggie Q, Cliff Curtis

Estoure uns dois sacos de picoca, pegue 2,5 L de Coca-Cola, sente no sofá e divirta-se! Um excelente representante do gênero ação/diversão!

John McClane é o cara!!! Yippie-kay-yay motherfacker!

Mas o clássico "Die Hard" ainda continua inesquecível.

2 comentários:

Anônimo disse...

Otimos filmes!
ontem eu assisti Um Corpo Que Cai. Realmente é um classico, um filme mto bem filmado, com belas atuações e uma historia fantastica!

Anônimo disse...

Gostei bastante da seleçã de filmes.
É uma pena que tenha visto apenas metade deles...vou atras do resto nestas férias ainda.
Gostei do comentário do Die Hard...nada melhor pra matar o tempo das férias!